terça-feira, 30 de abril de 2013

Reportagem da Folha Equilíbrio - 30 Abril 2013

 

(...) Há duas semanas, em outra escola particular na mesma zona oeste, dois meninos de 12 anos foram suspensos por terem feito "uma brincadeira" com alunas da mesma idade. Eles chegam por trás, põem a mão no ombro das meninas fingindo que vão abraçar e descem até os seios", descreve a orientadora. Só que uma reclamou. "Chegou com olhos cheios de lágrimas, disse que pagaram no seu peito".


(...) Situações como essa são sim, violência sexual, segundo a psicóloga Renata Coimbra Libório, pesquisadora da Unesp. "Não precisa consumar o estupro. O toque sem consentimento é abuso".


Veja a reportagem completa no link: Clique aqui





segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sobre a necessidade de tratamento aos sobreviventes do Abuso Sexual Infantil



"O abuso sexual pode produzir dormência emocional, dissociação, vícios, distúrbios alimentares, fobias, disfunção sexual, culpa e vergonha, depressão, agressividade, dependência, distúrbios do sono, distúrbios psicossomáticos e muitas outras dificuldades de lidar com a vida. Ele causa estragos em relacionamentos onde as questões de confiança e intimidade entram em jogo, e muitos sobreviventes de abuso escolhem o celibato e isolamento para não correr o risco de uma nova traição. Outros podem se tornar altamente sexual ou promiscuos, buscando constantemente a alta carga erótica que lhes foi imposto quando eram crianças.

Por esta razão, alguns sobreviventes de abuso sexual que não se tratam tornam-se futuros autores de abuso,  pois não respeitam os limites dos outros e, inconscientemente, agem tentando compensar o abuso sofrido anteriormente. Muitas vezes, o abuso sexual é tão traumático que os acontecimentos são reprimidos da memória, tornando - se difíceis de reconhecer e efetivamente tratar. Para outros, as memórias são demasiadamente intrusivas e surgem espontaneamente em momentos indesejados, como em momentos de intimidade, relaxamento, meditação ou interação social.

(...) Trazendo para consciência o evento traumático do abuso sexual, aprendendo sobre seus efeitos, e se engajando no processo de cura, é possível promover mudanças profundas em todos os aspectos da vida. É possível curar efeitos do abuso sexual e hoje existem muitos terapeutas treinados, grupos e livros para ajudar no processo de cicatrização e cura."  Anodea Judith - Eastern Body| Western Mind - Psychology and the Chakra System as a Path to the Self.









domingo, 14 de abril de 2013

Você fala sobre o abuso sexual com seus filhos?


"Freud teve que desistir de estudar o abuso infantil, pois a sociedade vienense não suportava o que ele estudava. 110 anos depois, a gente ainda não tem coragem de levantar este assunto. Deixamos nossas crianças à mercê dos abusadores só porque nós, adultos, não suportamos falar sobre isso. Enquanto o pensamento for assim, de manter o silêncio, muitas crianças continuarão a ser abusadas. Não contarão para ninguém e se tornarão reféns dos abusadores. A cada 8 minutos, uma criança é abusada no Brasil. Isso precisa mudar."  Odívia Barros, autora do livro "Segredo Segredíssimo" em entrevista para o site IG. 




quinta-feira, 11 de abril de 2013

Sinais de abuso sexual em crianças




"Lembro me de ter tentado mostrar a minha mãe que era abusado sexualmente, mas ela nunca pareceu perceber. Finalmente desisti, mesmo eu me masturbando diante dela na adolescência, ainda assim, ela não se deu conta." Adulto sobrevivente de abuso sexual

Nem todas as crianças são capazes de revelar o abuso sexual pois temem as consequências, ao mesmo tempo, sabe-se que elas nunca vão deixar de dar sinais aos adultos de que algo está errado. Costumo dizer que as crianças encontram uma maneira de comunicar seus medos, aflições e ansiedades. Muitas vezes essa comunicação é feita de forma sutil, outras de uma forma mais agressiva, causando até mesmo o constrangimento dos pais.

De maneira agressiva ou sutil a comunicação sempre se estabelece, portanto cabe aos pais, professores e educadores um olhar mais atento que permitirá que atitudes para proteger essas crianças sejam tomadas.

De acordo com o Stop It Now (organização contra o abuso que atua no Reino Unido e na Irlanda- 2002), os fatos mais preocupantes a que os pais se devem atentar são as mudanças de comportamento, especialmente as listadas abaixo:

Observar se a criança

- Tem comportamento sexual 'inadequado' com brinquedos e objetos.
- Tem pesadelos e distúrbios do sono.
- Torna-se isolada e retraída.
- Passa por mudanças de personalidade, sente-se insegura.
- Retoma comportamentos de quando tinha menos idade, como, por exemplo, fazer xixi na cama.
- Tem medos inexplicáveis de lugares e pessoas em particular.
- Tem ataques de raiva.
- Apresenta mudanças nos hábitos alimentares.
- Apresenta sinais físicos, como dor e feridas sem explicação nos genitais, ou doenças sexualmente transmissíveis.
- Torna-se cheia de segredos.
- Recebe presentes e dinheiro sem motivos.

É importante lembrar que o impacto do abuso sexual infantil varia de criança para criança, portanto seus sinais e sintomas podem ser bem diferentes. Devemos evitar tirar conclusões precipitadas de que uma criança está sendo abusada sexualmente diante da identificação de um ou dois sintomas, pois esses mesmos sintomas podem estar relacionados a outros problemas que a criança possa estar vivendo naquele momento.

Não são só os sinais, é também o contexto no qual a criança está inserida, a observação apropriada e um conjunto de sinais e sintomas que compõem o diagnóstico final de que uma criança pode ter sido vítima de abuso sexual. Lembre-se, o mais importante é conhecer os sinais e sintomas relacionados ao abuso sexual infantil e ficar atento em como educar ou falar sobre sexualidade com seus filhos.

" A melhor maneira de manter sua família segura é educar a si mesmo sobre o abuso sexual em crianças. Quanto mais cedo conseguirmos perceber o que está acontecendo, mais cedo poderemos fazer alguma coisa para deter o abuso." Mãe de um adolescente que sofreu abuso sexual





terça-feira, 9 de abril de 2013

Alguns segredos nunca devem ser mantidos!




O livro da autora Jayneen Sanders 'Some Secrets Should Never be Kept' é uma ferrameta de trabalho super valiosa na educação de nossas crianças contra o abuso sexual. Aborda com sensibilidade a história de Alfred que sofre abuso sexual pelo chefe da casa na qual sua mãe Susan trabalha.Infelizmente não achamos uma versão traduzida disponível, mas essa versão em Inglês pode ser utilizada para crianças que já tem uma educação bilíngue.

Consideramos esse e outros livros um ótimo ponto de partida para uma conversa importante que ainda permanece silenciosa em muitos lares e principalmente para ser utilizada na educação sexual dos nossos pequenos.

Nesse link abaixo você pode assistir a leitura do livro feita pela cantora australiana e sobrevivente de abuso sexual, Debra Byrne.

Some Secrets Should Never be Kept by Debra Byrne

Mais informações no site: Some Secrets



  

segunda-feira, 8 de abril de 2013


"O abuso sexual em crianças tem um imenso impacto tanto a curto prazo quanto a longo prazo. Ele não apenas causa danos no seu corpo, ele também causa danos na sua mente. É isso que de fato te detona." Sobrevivente de 25 anos de idade

Muitos estudos mostram que as maiores consequências do abuso sexual infantil são provocadas pela reação dos adultos e dos profissionais diante da revelação, e essa reação é responsável pelo trauma verificado em crianças, adolescentes e adultos.

É claro, que cada sobrevivente reage de acordo com sua individualidade, apresentando mais ou menos consequências na fase adulta, mas de acordo com Christiane Sanderson,(autora do livro Abuso Sexual em Crianças) existem alguns fatores que estimam o impacto do abuso sexual sofrido. São eles:

- idade da vítima na época do abuso
- duração e frequência do abuso
- tipos dos atos sexuais
- uso da força ou da violência
- relacionamento da criança com seu abusador
- idade e sexo do abusador
- efeitos da revelação na família

Os maiores danos, segundo pesquisadores, ocorre quando a criança tem um relacionamento próximo com o abusador, o abuso é prolongado e frequente, a atividade sexual incluiu penetração e o abuso for acompanhado por violência e agressão. (Groth e Birnbaum, 1978)

Pesquisadores ainda descobriram que, quanto mais nova a criança, mais vulnerável ela é ao trauma em razão da sua capacidade de se impressionar com os fatos, enquanto outros argumentam que a ingenuidade da criança mais nova de algum modo a protege do dano e de ser estigmatizada.

E aí, você sabia dessas informações?! Não!? Então compartilhe com amigos, educadores e professores esse e outros posts do nosso blog. Somente juntos podemos mudar o panorama atual e avançar da reação à prevenção.




sexta-feira, 5 de abril de 2013



"Todos os problemas que os sobreviventes experienciam com seus corpos - separação, sensação de  estar anestesiado, vícios, auto-mutilações, para citar alguns - começaram como uma tentativa de sobreviver. Você se separou do seu corpo por boas razões, mas agora você precisa curar essa separação. Você precisa passar do afastamento do seu corpo para integração, da raiva de si próprio e da rejeição do seu corpo para o auto-amor e aceitação." Do livro  "A coragem de Curar"  por Bass & Davis.


“All the problems survivors experience with their bodies—splitting, numbing, addictions, & self-mutilations, to name a few—began as attempts to survive. You cut off from your body for good reasons, but now you need to heal that separation. You need to move from estrangement from your body to integration, to move from self-hate & rejection of your body to self-love & acceptance.” The Courage to Heal by Bass & Davis

quarta-feira, 3 de abril de 2013


Campanha "Faça bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes".

De autoria da então deputada federal Rita Camata (PMDB/ES) - presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional, o projeto foi sancionado em maio de 2000.
 

Desde então, a sociedade civil em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes promovem atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade da violência sexual.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas Aracelis.

Lei 9.970 – Institui o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil

Art. 1º. Fica instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Mais informações, acesse o site da campanha: http://www.facabonito.com.br/

terça-feira, 2 de abril de 2013


Olá!!!

Sei que nos últimos dias não tivemos nenhuma atualização no blog. Sentiram nossa falta?! Para os que sentiram falta e se perguntaram o que elas estão fazendo, aí vai: 

Está tudo bombando!!! rs :) Estamos correndo com nossas vidas pessoais e paralelamente buscando novas informações, até mesmo visitando locais de assistência e atendimento para passar informações mais correta dos serviços que indicamos aqui.

Mas vamos ao que interessa?!

O PAVAS é um dos locais de atendimento em saúde às crianças e adolescentes aqui em São Paulo, que ainda não tivemos tempo de visitar, mas decidimos postar, afinal, caso algum de nossos seguidores já tenha utilizado o serviço vai ser interessante para todos nós escutar algum feedback.

PAVAS - Programa de atenção à Violência Sexual - Centro de Saúde Escola Geraldo Paula Souza

Tem como objetivo prestar atendimento em saúde às crianças e adolescentes (até 18 anos de ambos os sexos) em situação de abuso sexual, bem como as suas famílias com atenção aos aspectos biopsicosociais.

Como funciona: Uma equipe multidisciplinar realiza atendimentos individuais e em grupo na pespectiva biopsicosocial, além de grupo de orientações a pais e responsáveis.

Os interessados no atendimento podem ligar no telefone (11) 3061-7712 para o agendamento da Triagem que se realiza através de grupos em 3 encontros consecutivos, onde as crianças e responsáveis são atendimentos SEPARADAMENTE.

A partir da triagem os profissionais definem as estratégias de atendimento, que tem por base a peculiaridade de cada caso. No caso de gravidez  decorrente de estupro, encaminham para atendimento no hospital Pérola Byington. clique aqui

Endereço: Rua Dr. Arnaldo, 725, Cerqueira César - Cep: 01255-000 - São Paulo
Tel: (11) 3061-7726
Fax: (11) 3061- 7721
Email: pavas@usp.br
Ponto de referência: Ao lado da faculdade de saúde pública, dentro do centro de Saúde Geraldo Paula Souza.

Mais informações, acesse o site: http://www.redededefesadedireitos.com.br/assistencia-psicossocial/448/


Até mais,